2.4.09

a casa





Era uma casa muito engraçada
Não tinha tecto, não tinha nada
Ninguém podia entrar nela não
Porque na casa não tinha chão

Ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali

Mas era feita com muito esmero
Na rua dos bobos, número zero

[Toquinho / Vinícius de Moraes]


Outras casas aqui e muitas outras aqui.

6 comentários:

flor disse...

Olá Ana, já há muito tempo que acompanho o seu blogue. Não sou ligada às artes mas gosto imenso do seu trabalho. Não sei se é inovador ou não no meio artistico mas para mim é surpreendente porque se serve de elementos do dia a dia duma forma construtiva e original. Eu sinto uma renovação e uma espécie de liberdade sempre que venho aqui. Obrigada!

inés disse...

Hola Ana, me encanta tu blog. Lo sigo desde hace varios años y quería recomendarte a Gregor Graf, que seguro que te gusta.

¡Un abrazo y feliz embarazo!

Anónimo disse...

ohhh... adoro este poema, desde pequenina que me ficou na cabeca, na altura cantado em brasileiro por um grupo infantil chamado a pandilha.

tenho em mente um projecto inspirado neste poema e que iria(ira) ter esse nome (alias o meu nome no twitter), mas ainda nao sei!

jinhos

Lisa disse...

"...ma era bella, bella davvero, in via dei matti numero zero"
This song (the Italian version of course ;-))is the first one I learnt when I was a little child. My mum used to sing it to me (and soon with me) and I just used to love it, screaming out loud the last strophe 'cause it made me laugh a lot!
Your blog is always so pleasant to me...
Un abbraccio!

guiga disse...

É um pecado as quantidades de casas fechadas que existem em portugal!
*.*

MRV disse...

As casas que perderam a sua identidade mas a sua presença fica marcada por muito tempo numa esperança de algum dia voltar a fazer parte activa da cidade. Nao devemos de ignorar a presença destes edificios, ou parte deles, alguns contêm autenticos icons de uma arquitectura pura, popular e de origem nacional, como no caso da foto aos azulejos, algo muito tipico de Lisboa.
Boas fotos mas melhor ainda è a sensibilidade que tiveste Ana em fazer com que coisas abandonadas se sintam menos abandonadas.
Um abraço